Terapia para Traumas em Curitiba e Online
Introdução: quando o passado não fica no passado
Um trauma não termina quando o evento passa. Ele continua no corpo, na memória e nas emoções, como se o perigo ainda estivesse vivo. Para quem convive com isso, não se trata de “olhar pra frente” ou “esquecer”, porque o corpo não esquece.
O coração dispara em situações aparentemente neutras. Certos lugares ou cheiros despertam lembranças dolorosas. O sono é interrompido por pesadelos. A paciência se perde em segundos. E viver em alerta se torna um padrão, mesmo quando nada ameaça de fato.
É aí que a psicoterapia para traumas em Curitiba (ou online) pode ser um ponto de virada. Aqui, a escuta acolhedora se encontra com a ciência da neuropsicologia, oferecendo um espaço para que o passado pare de controlar o presente.
O que acontece no cérebro após um trauma
A neuropsicologia mostra que um trauma não é apenas uma lembrança ruim. Ele altera o funcionamento do cérebro e do corpo.
- Amígdala cerebral: permanece em estado de hipervigilância, reagindo como se o perigo fosse constante.
 - Hipocampo: pode ter sua função prejudicada, dificultando diferenciar o que pertence ao passado e o que é presente.
 - Córtex pré-frontal: responsável por autorregulação, pode ficar “desligado” em momentos de crise, dificultando o controle emocional.
 
Segundo Rui Mateus Joaquim, na obra sobre neuropsicologia das emoções, os traumas prolongam uma resposta fisiológica de defesa que deveria ser momentânea. O corpo revive as sensações de perigo mesmo quando a ameaça já não existe.
Essa explicação também é reforçada por estudos em neuropsicofisiologia, que mostram alterações hormonais e mudanças nos sistemas de memória e atenção.
Sintomas comuns de traumas não tratados
Muitas vezes, a pessoa não se reconhece em termos técnicos como TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), mas se vê em pequenas cenas cotidianas. Alguns sinais incluem:
- Pesadelos frequentes e lembranças invasivas.
 - Evitação de lugares, pessoas ou situações associadas ao trauma.
 - Hipervigilância constante: corpo em alerta, sono leve, irritabilidade.
 - Emoções desreguladas, que oscilam entre raiva, tristeza ou apatia.
 - Sensação de “reviver” o trauma em situações neutras.
 - Dificuldade em confiar em pessoas e criar vínculos saudáveis.
 
Ignorar esses sinais não significa superá-los. Ao contrário: quanto mais tempo passam sem tratamento, mais eles podem impactar a saúde física, emocional e até os relacionamentos.
Como a terapia para traumas ajuda
Na psicoterapia, não se trata apenas de “falar sobre o trauma”. O trabalho é construir um espaço de segurança em que seja possível ressignificar memórias dolorosas sem reviver o sofrimento de forma desorganizada.
As abordagens que utilizo integram:
- Psicologia Analítica: investiga os símbolos e arquétipos que influenciam nossos padrões de comportamento e a forma como vivemos o mundo. São imagens e ideias que carregam afetos profundos e moldam nossa relação com o corpo, com os outros e com nós mesmos — como, por exemplo, o “corpo ideal” que pode significar perfeição, beleza ou aceitação, e influenciar escolhas, emoções e autoestima. Ao reconhecer esses símbolos inconscientes, podemos dar novos significados às experiências e construir narrativas mais saudáveis sobre nós mesmos.
 - Técnicas de autorregulação neuropsicofisiológica: exercícios que fortalecem a comunicação entre o córtex pré-frontal e a amígdala, ajudando o corpo a sair do estado de alerta.
 - Estratégias de grounding e atenção plena: recursos práticos para manter a presença e reduzir a dissociação durante crises.
 
Daniel Goleman, ao falar de inteligência emocional, reforça que a consciência dos próprios estados internos é essencial para interromper padrões automáticos. A terapia possibilita justamente esse aprendizado, trazendo clareza para emoções que antes pareciam incontroláveis.
															Cenas do dia a dia
Talvez você se reconheça em algumas dessas situações:
- Você evita passar por determinada rua porque lembra de um episódio doloroso.
 - No trabalho, perde a paciência rapidamente, mesmo em pequenas coisas.
 - À noite, o sono é interrompido por sonhos ou pesadelos que parecem reais demais.
 - Em um ambiente social, sente seu corpo reagir como se algo ruim fosse acontecer.
 
Essas cenas mostram que o trauma continua “morando em você”. Mas também mostram que é possível aprender a lidar com essa dor de um jeito novo — para que ela deixe de comandar sua vida.
Terapia para diferentes tipos de traumas
A psicoterapia pode ajudar em diversas situações:
Terapia para diferentes tipos de traumas
Trauma não é só um episódio marcante do passado.
 É uma dor profunda que se instala no sistema nervoso e molda a forma como a pessoa passa a sentir, pensar e reagir ao mundo.
 Tão profunda que o corpo cria rotas de fuga para sobreviver — e, mesmo muito tempo depois, pode seguir reagindo como se o perigo ainda estivesse ali.
 Você pode não lembrar exatamente o que aconteceu, mas sente os efeitos todos os dias: no medo que paralisa, na tensão que não cessa, nas explosões de raiva, na dificuldade de confiar.
A psicoterapia oferece um espaço seguro para cuidar dessas dores que seguem vivas, mesmo quando parecem distantes.
 Entre elas estão:
- Traumas de infância: experiências de abandono, violência ou negligência que deixam marcas invisíveis e moldam as crenças sobre quem você é e o quanto merece ser amado.
 - Traumas de violência: situações de agressão física ou psicológica, assaltos ou ameaças que rompem a sensação de segurança e fazem o corpo viver em alerta constante.
 - Acidentes e perdas: acontecimentos súbitos que viram a vida de cabeça para baixo, deixando cicatrizes emocionais que demoram a encontrar lugar.
 - Estresse pós-traumático (TEPT): quando os sintomas persistem por tanto tempo e com tanta força que passam a limitar a vida cotidiana, como se parte de você tivesse ficado presa naquele momento.
 
Cada história é única — mas todas precisam, antes de qualquer técnica, de um espaço onde a dor possa finalmente ser reconhecida, para então começar a ser reconstruída.
O olhar da Thalita
Sou psicóloga formada pela PUCPR, com especialização em Psicologia Analítica e Neuropsicologia. Há nove anos atuo com adultos e adolescentes, incluindo casos de avaliação neuropsicológica.
Sou também mãe e esposa, e assim como você sei o que é conciliar papéis, carregar responsabilidades e buscar equilíbrio no meio de tudo. Essa vivência atravessa meu trabalho e me faz olhar para cada pessoa com humanidade, além da técnica.
Na clínica, não ofereço fórmulas prontas. Ofereço presença, escuta e ferramentas baseadas em ciência para que o trauma deixe de ser prisão e passe a ser parte da história — sem dominar o presente.
Não espere que o tempo cure sozinho. Agende sua terapia para traumas em Curitiba ou online e comece a ressignificar o que ainda mora em você.
